Com a descoberta do ouro na região, escravos em fuga, provenientes de São Paulo e da Bahia, refugiaram-se no lugar que passou a ser conhecido como Chapada dos Negros, dando origem ao arraial da Chapada dos Negros. O garimpo da chapada dos Negros era tão rico que, em 1740, Dom Luís de Mascarenhas, o governador da capitania de São Paulo, veio pessoalmente ao arraial e tomou posse dos veios auríferos. Com auxílio do capitão Felipe Antônio Cardoso, filho de Arraias, e com ajuda também dos escravos, mudou o arraial para outro local, distante três quilômetros onde hoje se localiza a cidade. Juntamente com Domingos Pires, definiu um traçado das ruas e fundou o arraial de Nossa Senhora dos Remédios de Arraias.
Ainda no século XVIII, procurando resguardar sua arrecadação aqui na Capitania de Goiás, a Coroa de Portugal instalou postos de fiscalização e arrecadação dos tributos incidentes sobre animais em trânsito de uma capitania para outra. Assim como os “registros” fiscalizavam o ouro, as “contagens” eram especializadas na tributação de gado e outros animais. Contudo, fiscalizavam e arrecadavam outros tributos de quem por ali passasse. A expressão “contagem” foi usada pela primeira vez em Minas Gerais para designar o posto de fiscalização do Ribeirão das Abóboras, que deu origem à atual cidade de Contagem, naquele Estado. Entretanto, foi em Goiás que existiram em maior quantidade. Seus servidores eram os “contageiros”. Em 1798, a Rainha D. Maria I determinou a extinção desse cargo, que foi unificado com o cargo de “fiel de registro”. Arraias também teve seu posto de contagem denominado “Contagem de Arraias”, que foi mencionado em 1812 pelo Padre Luís Antônio da Silva e Sousa.
Gentílico: arraiano
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